Sindicato dos Trabalhadores Públicos de Arari (SINTRAP) divulgou uma nota contundente repudiando a postura da prefeita Simplesmente Maria, acusada de destratar os professores e ignorar suas reivindicações por direitos garantidos em lei.
No manifesto intitulado “Enquanto o povo festeja, a educação amarga o descaso”, os educadores expõem uma série de irregularidades e privilégios dentro da rede municipal de ensino, enquanto o Plano de Carreira e Remuneração segue sem ser implementado.
Denúncias dos professores
Segundo o documento, a situação revela distorções graves na aplicação dos recursos da educação:
Professores recebem apenas uma ajuda de custo, enquanto coordenadoras acumulam duas ajudas de R$ 1.000,00 cada;
Formadores chegam a receber até R$ 23 mil;
Gestores acumulam duas matrículas (diretor e professor), somando R$ 20 mil mensais;
Diretores recebem salários que chegam a R$ 18 mil;
A prefeitura gastou mais de R$ 100 mil em aparelhos de ar-condicionado;
O presidente do Conselho do FUNDEB é do quadro de Educação, Saúde e Licitações do município, que compromete a imparcialidade;
Prestação de contas do FUNDEB sem licitação e sem notas fiscais.
Os dados da folha de pagamento impressionam: em dezembro de 2024, o valor foi de R$ 2.147.553,66; já em agosto de 2025, saltou para R$ 6.031.568,82, mais que o triplo.
Mobilização da categoria
Apesar de já terem ido às ruas em atos pacíficos para cobrar respeito e valorização, os professores afirmam que a prefeita Simplesmente Maria simplesmente os ignorou.
Agora, segundo fontes ligadas ao movimento, durante o Festival da Melancia, os educadores se organizam para novos protestos, exigindo:
Implementação imediata do Plano de Carreira e Remuneração;
Transparência na aplicação dos recursos do FUNDEB;
Fim dos privilégios e irregularidades.
“O Festival da Melancia não pode esconder a verdade: a educação de Arari está sendo tratada como caso de segunda”, declara a nota do sindicato. presidente Juraci Fernandes.