Em uma noite de tensão e incertezas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, duas explosões próximas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Câmara dos Deputados mobilizaram autoridades, que agora investigam o caso como um possível ataque coordenado. A Polícia Federal e as forças de segurança do Distrito Federal conduzem as investigações, enquanto o local permanece isolado para garantir a segurança e possibilitar a coleta de provas.
A primeira explosão ocorreu por volta das 19h00, nas proximidades do edifício do STF. Testemunhas relataram que um homem identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, acionou um artefato explosivo em frente ao tribunal, causando um estrondo que rapidamente chamou a atenção de todos na área. Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal, após a explosão inicial, o homem ainda tentou arremessar explosivos na direção da emblemática estátua da Justiça, que adorna a entrada do Supremo. No entanto, acabou sendo vitimado pelo impacto da própria detonação.
Assim que a explosão foi registrada, o Corpo de Bombeiros e as forças de segurança foram acionados, isolando imediatamente a área em torno do STF. Em uma ação rápida, ministros, servidores e colaboradores foram retirados do prédio por precaução. Em comunicado oficial, a assessoria de imprensa do STF destacou que a Corte está comprometida em colaborar com as investigações para esclarecer os detalhes do incidente e assegurar a tranquilidade no local.
Menos de uma hora após o primeiro episódio, uma nova explosão ocorreu no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Um carro estacionado no local, carregado com fogos de artifício, explodiu, gerando um incêndio que assustou a todos e exigiu uma rápida resposta do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Os bombeiros conseguiram conter as chamas antes que o fogo se alastrasse, evitando novos danos e possíveis vítimas.
Em resposta aos incidentes, a Esplanada dos Ministérios foi temporariamente interditada, e equipes das polícias Civil e Militar realizaram varreduras detalhadas na área para identificar eventuais dispositivos explosivos adicionais ou indícios que possam ajudar na investigação. Com o apoio da Polícia Federal, as autoridades trabalham com a hipótese de um ataque coordenado e consideram a possibilidade de que os explosivos tenham sido ativados remotamente.
Até o momento, as motivações e responsáveis pelo incidente permanecem desconhecidos. O caso trouxe à tona debates sobre a segurança nas instituições públicas e o reforço necessário na vigilância de espaços sensíveis do país. A sociedade e o governo acompanham com atenção o desenrolar das investigações, aguardando respostas sobre um evento que abalou a capital federal e levantou importantes questões sobre a segurança nacional.