Uma declaração polêmica do vereador Eduardo Ralpnet, aliado político do prefeito André da Ralpnet, está gerando revolta entre os moradores de Pinheiro e repercussão nas redes sociais. Durante uma sessão na Câmara Municipal, o parlamentar sugeriu, de forma no mínimo inusitada, que a população da cidade passasse a utilizar búfalos como meio de transporte nas ruas da cidade.
A fala foi feita em tom de comparação com o arquipélago do Marajó, onde o uso de búfalos é comum em algumas regiões. No entanto, a proposta soou como deboche diante da realidade precária das vias urbanas de Pinheiro, muitas delas tomadas por buracos, lama e abandono por parte do poder público.
“Que em Pinheiro não é diferente… Eu dizia sempre nos meus discursos de campanha, e é uma das coisas que a gente vai lutar pra conseguir. Marajó sobrevive de búfalo manso, de pessoas montarem nas costas e andarem na lama. E os búfalos, nós podemos sim criá-los e colocarmos também pessoas pra andar. A gente começa e depois aprimora”, disse o vereador, em pleno século 21, chocando os presentes e internautas que viram o vídeo circular nas redes.
O discurso, considerado absurdo por muitos, rapidamente viralizou e virou meme. Enquanto isso, a população reage com indignação, considerando a fala um deboche à inteligência e à dignidade dos pinheirenses, que enfrentam diariamente os efeitos de uma gestão que, segundo moradores, é uma das mais desastrosas da história da cidade.
A sugestão de substituir a pavimentação urbana por animais adaptados à lama foi vista como um retrato do descaso e da falta de compromisso com o desenvolvimento da cidade. “Ao invés de requerer asfalto, ele propõe búfalos? É uma piada de mau gosto. Estamos abandonados”, disse um morador revoltado.
A polêmica também reacende os questionamentos sobre o alinhamento político entre o vereador e o prefeito André da Ralpnet, que compartilham o mesmo sobrenome político. Para muitos, a fala reflete a falta de sensibilidade e prioridades da atual gestão.
Enquanto isso, os pinheirenses seguem enfrentando ruas esburacadas, lama, e agora, o deboche institucionalizado na forma de um discurso que mais parece uma sátira do que uma proposta séria.