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Gilson Guerreiro vai gastar quase R$ 7 milhões com empresa Pilares do Saber e levanta suspeitas em Grajaú

Prefeito de Grajaú, Gilson Guerreiro

Um contrato milionário firmado pela Prefeitura de Grajaú, sob a gestão do prefeito Gilson Guerreiro, está gerando polêmica e levantando questionamentos entre moradores e agentes políticos do município. O motivo é a intenção do gestor de desembolsar exatos R$ 6.890.042,00 com a empresa Pilares do Saber LTDA, situada na Avenida Daniel de La Touche, Loja 08, no bairro Cohajap, em São Luís.

O valor será destinado à aquisição de projetos pedagógicos e paradidáticos para a Secretaria Municipal de Educação, segundo informações publicadas em meios oficiais. No entanto, o montante chama atenção não apenas pela cifra elevada, mas também pelo contexto em que se insere: diversas operações recentes da Polícia Federal têm desbaratado esquemas criminosos relacionados à compra fraudulenta de livros e materiais educacionais em municípios do Maranhão e de outros estados.

A contratação da Pilares do Saber ocorre em um momento de alerta para o Ministério Público e órgãos de controle, que vêm investigando o que já é conhecido como “máfia dos livros didáticos” — um esquema que envolve empresas fornecedoras, prefeitos e secretários, com suspeitas de superfaturamento, direcionamento de licitações e fornecimento de materiais de baixa qualidade ou inadequados às redes públicas de ensino.

Embora até o momento não haja confirmação de irregularidades específicas neste contrato em Grajaú, o alto valor e a escolha de uma empresa sediada na capital — distante mais de 500 km do município — geram dúvidas sobre a real necessidade, transparência e economicidade da contratação.

Moradores e lideranças locais exigem explicações mais detalhadas da gestão municipal sobre os critérios técnicos adotados para a escolha da empresa e o conteúdo dos projetos adquiridos. “Em um município com tantas necessidades básicas, é preciso avaliar se quase sete milhões em livros paradidáticos era mesmo prioridade absoluta”, comentou um servidor da área educacional que pediu anonimato.

O prefeito Gilson Guerreiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A expectativa é que órgãos como o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) e o Ministério Público se manifestem diante da repercussão e possíveis indícios de irregularidades.

Enquanto isso, a população de Grajaú segue cobrando mais transparência na aplicação dos recursos públicos, principalmente na área da educação.

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