
O jornalista Luis Nassif afirmou nesta quinta-feira, 15, que o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) foi um xeque na intervenção militar no Rio de Janeiro.
“Escolheram um personagem símbolo. Marielle era uma unanimidade entre todas as pessoas que a conheceram, dotada de uma empatia única. Jornalistas alternativos, políticos, advogados e procuradores de direitos humanos, todos a retrataram não apenas como a líder política que emergia, mas como uma personalidade cativante”, diz Nassif.
“Os tiros que a atingiram miraram diretamente o interventor militar”, acrescenta o jornalista. “Marielle foi não apenas a consequência desse aumento da violência, como um desafio aberto das milícias e da PM contra o interventor. Para vencer o desafio, o general [Braga Netto] terá não apenas que identificar e prender os dois criminosos, como enfrentar uma força armada do 41º batalhão da PM”, disse ele.
“Uma vereadora símbolo das lutas sociais é executada em plena cidade, o episódio torna-se objeto de comoção internacional”, acrescenta Nassif.