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Veja Agora, Sérgio Moro, chega hoje para exibição de vídeo da reunião ministerial de Bolsonaro

Presidente Bolsanoro ao lado do ex ministro de justiça Sérgio Moro

Ex-ministro da Justiça chega hoje à capital para acompanhar a exibição das imagens, na sede da Polícia Federal, da reunião na qual o presidente Bolsonaro teria ameaçado demiti-lo. Três ministros militares também terão de prestar contas

Em meio ao avanço do novo coronavírus, que já matou mais de 11 mil pessoas no país, a política promete um nível de tensão ainda maior, por causa da bateria de depoimentos, nesta semana, para apurar se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal. O destaque será a vinda do ex-ministro da Justiça Sergio Moro a Brasília para acompanhar, hoje (11), de pela manhã na sede da Polícia Federal (PF), a exibição do vídeo da reunião ministerial em que o presidente Jair Bolsonaro teria ameaçado demiti-lo, pressionando pela saída de Maurício Valeixo da direção da PF. A presença de Moro é considerada fundamental para que ele dê um veredicto a respeito do vídeo: se é autêntico ou se foi editado, com a supressão de partes importantes do encontro.

A gravação  foi entregue pelo governo à PF por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que liberou para análise dos advogados do ex-ministro. Como ele estava na reunião, sua avaliação é crucial para conferir a autenticidade do material. A peça é considerada importante para ajudar na investigação sobre a tentativa de interferência do presidente na Polícia Federal, conforme denunciou Moro.

A conclusão do ex-juiz Moro sobre o vídeo servirá de base para saber se é preciso uma perícia técnica no material. Se ele assegurar que não houve edição, como as cobranças para que Valeixo fosse afastado, por exemplo, não será necessário periciar tecnicamente o material.

A tensão é grande dentro do governo, pois três dos quatro ministros palacianos estarão voltados para os depoimentos da tentativa de interferência na PF.  Na lista dos que serão ouvidos hoje, no Palácio do Planalto, está, inclusive, o coordenador da força-tarefa de combate ao novo coronavírus, o chefe da Casa Civil, ministro Walter Braga Netto. Ele será ouvido com os colegas da secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. A convocação dos três elevou a tensão entre o Planalto e o STF.

Fonte: Correio Braziliense

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