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Carlos Lula, secretário de Estado Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), escreveu uma importante reflexão sobre as 200 mil vítimas do novo coronavírus (COVID-19) no Brasil

 

“A melhor forma de honrar as pessoas que perderam a vida em virtude da doença é trabalhar de forma incansável, com dedicação e competência para reduzir a tendência de aumento de casos” diz Carlos Lula

200 MIL ÓBITOS POR CAUSA DA COVID-19
Hoje o País atinge uma triste marca. Passados 11 meses da confirmação do primeiro caso de Covid￾19, o Brasil registra 200 mil mortes pela doença. São 200 mil famílias que sofrem pela falta de seus
entes queridos, um número incontável de pessoas que estão em luto por amigos e colegas. Entre
as vítimas, estão também profissionais de saúde que desde o início da pandemia não pouparam
esforços para atender pacientes contaminados pelo novo coronavírus.
No início da pandemia, havia falta de informação sobre esse novo agente infeccioso, os
equipamentos de proteção individual eram escassos e as dificuldades para atendimento eram
expressivas. Desde os primeiros casos registrados no País, muita coisa mudou. O conhecimento
sobre a doença aumentou, o número de leitos para atendimento foi ampliado.
O SUS mostrou o quanto é importante para sua população. Depois das dificuldades iniciais em
virtude da grande demanda no cenário internacional, conseguiu prover centros de atendimento e
capacitar profissionais para uma nova forma de atuação.
Os desafios, no entanto, ainda são inúmeros. Em vários pontos do País, serviços voltam a
apresentar dificuldades para dar atendimento ao crescente número de infectados. Um fenômeno
que deixa clara a necessidade de manter todos os cuidados para prevenção, como uso de
máscaras, higienização das mãos e distanciamento social.
Nesta quinta, o Brasil recebe a notícia de estudos que apontam alto poder de proteção da vacina
produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Estamos às
vésperas de uma iniciativa para vacinar grupos mais vulneráveis à doença. Há, no entanto, muito
trabalho pela frente. Precisamos estar atentos a todas as providências para aquisição de insumos
essenciais ao sucesso da iniciativa, com seringas e agulhas. Neste momento, há um estoque
suficiente para atender as demandas da primeira fase da iniciativa. É essencial, porém, que uma
compra nacional, pelo Ministério da Saúde, seja realizada em quantidades que garantam a
vacinação contra Covid-19 e a reposição de estoques que necessitaram ser remanejados.
A melhor forma de honrar as pessoas que perderam a vida em virtude da doença é trabalhar de
forma incansável, com dedicação e competência para reduzir a tendência de aumento de casos,
garantir o mais rapidamente possível a imunização de toda a população. Cuidar da vida em todas
as suas dimensões será a melhor resposta.
Carlos Lula
Presidente do Conass

CONASS (CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE),Edifício PARQUE CIDADE CORPORATE – Torre “C” – Sala 1105 – Setor Comercial Sul (SCS), Quadra 9, Bloco “C”.
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