
Eduardo DP
O empresário Eduardo José Barros Costa, mais conhecido como Eduardo DP, estaria atuando nos bastidores para frustar a concorrência na licitação da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), administrada por Clayton Noleto, que prevê a pavimentação de trecho da rodovia MA-247, que liga Trizidela do Vale a São Luís Gonzaga. O valor do certame público que está em disputa é de R$ 40,8 milhões.
Interlocutores ligados ao setor de construtores informaram ao Blog que Eduardo DP teria pedido às empresas para não participarem do processo licitatório garantindo que o contrato já seria dele. Fazendo da disputa um verdadeiro jogo de cartas marcadas para se favorecer.
O empresário é o sócio oculto da Construservice Empreendimentos, que vem disputando a licitação em questão com mais 3 empreiteiras, entre elas a Epeng – Empresa e Projetos de Engenharia, da cidade de Codó, e a Sultepa Construções e Comércio, que fica localizada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
De acordo com os relatos, a Epeng teria entrado na disputa apenas para dar aparência de licitude ao processo e a Sultepa entrou para ganhar o contrato.
Durante a abertura dos envelopes de habilitação do procedimento, a empresa de Eduardo DP apresentou um recurso na Comissão Setorial de Licitação da Sinfra contra a empresa gaúcha alegando o descumprimento de vários itens do Edital, como a apresentação de certidão positiva de débitos trabalhistas, quando a exigência é de não ter débitos.
A alegação da Construservice é uma tentativa de tirar do páreo a empreiteira Sultepa para abocanhar de vez o contrato milionário da Sinfra.
A empresa de DP teria envolvimento com o crime organizado, conforme apontou investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Civil do Maranhão.
Em 2015, a empreiteira foi alvo da operação Imperador I deflagrada contra a Máfia da Agiotagem no Maranhão.
De acordo com investigadores da Polícia Civil e do Gaeco, a Construservice pertence no papel os empresários Rodrigo Gomes Casanova Júnior e Adilton da Silva Costa, mas é operada no submundo do crime pelo empresário-agiota Eduardo José Bastos Costa, o Eduardo DP ou Imperador, que já foi preso.
Por: Neto Ferreira