Desembargadora volta atrás e retorna Felipe dos Pneus ao cargo de prefeito; casa de empresário invadida pelo CAECO trará novos desdobramentos
O prefeito de Santa Inês, Felipe dos Pneus (PL), que foi afastado do cargo em uma operação deflagrada na última terça-feira (30) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão, em ação denominada de ‘Operação Tríade’, que teve como objetivo, segundo o MP, de desmantelar uma quadrilha que desviou cerca de R$ 55 milhões dos cofres públicos municipais. A decisão de afasta o prefeito Felipe foi da desembargadora Sônia Maria Amaral Fernandes Ribeiro, que autorizou a operação e o afastamento do prefeito, contudo, a mesma magistrada, em menos de 24 horas “voltou atrás” reformou a sua própria decisão e retornou o prefeito ao cargo.
O Blog mostra agora, os fatos que levaram o Ministério Público por meio do GAECO, a realizar a ‘Operação Tríade’.
Segundo a investigação, os desvios eram operacionalizados por meio de LICITAÇÕES DE CARTA MARCADA, efetivadas por ANTÔNIO JOSÉ DE MAGALHÃES NETO e SAMUEL MARTINS COSTA FILHO, que seriam os intermediários diretos a mando do prefeito Felipe dos Pneus. Os contratos fraudulentos eram fechados por um meio bastante conhecido na roubalheira do erário público, que é chamado ‘ADESÃO DE ATA’.
A investigação apontou também que o esquema das empresas envolvidas transferiam uma parte do dinheiro pago pela Prefeitura de Santa Inês, por ‘OBRAS’, ‘MERCADORIAS’ e ‘SERVIÇOS’, para Felipe dos Pneus, apontado como líder da organização criminosa.
Passou despercebido, que a casa de um famoso empresário adesionista de atas, WELKER CARLOS ROLIM, situada no Araçagy foi arrombada por policiais, durante a operação, na busca e apreensões de documentos, que devem desdobrar em nova operação. Welker Rolim mantém estreitos relacionamentos, tanto com ANTÔNIO NETO, quanto com o próprio prefeito Felipe dos Pneus.
Segundo o Gaeco, ANTONIO NETO tinha um papel de constante contato com empresários, lobistas e servidores da prefeitura, responsável por organizar as contratações e pagamentos fraudulentos.
Por enquanto, aparecem nas investigações, as empresas L F C Alves Eireli e Thais A M Martins Costa, respectivamente, além da empresa Azmom P Ltda, constituída por Antônio Neto. As transações financeiras chamaram a atenção devido a saques e transferências que levantaram suspeitas que o dinheiro seria para o pagamento de propinas.
Em tempo: a decisão da desembargadora Sônia Maria Amaral Fernandes Ribeiro, em voltar atrás e reformar a própria decisão em afastar e retornar o prefeito Felipe dos Pneus, em menos de 24 horas chamou bastante atenção;
E mais: durante diligência à residência do empresário Welker Rolim, a polícia e o GAECO levaram documentos que devem desdobrar em nova operação;
Pra fechar: figurinhas repetidas estas do meio ‘empresarial’, no Maranhão que fecham contratos com prefeitos já estão todos monitorados, haja vista que o “modus operandi” é o mesmo.