
A cidade de Presidente Médici, no Maranhão, foi palco de um escândalo político sem precedentes. Em 21 de outubro de 2023, o ex-gestor do INCRA, acompanhado por Guaiadó da Fumaça e meia dúzia de petistas locais, promoveu um autogolpe que destruiu as bases do Partido dos Trabalhadores (PT) na região.
O que mais causou revolta foi a ascensão de Guaiadó da Fumaça, um político sem laços com Santa Teresa do Paruá. Sem moradia fixa ou ocupação na cidade, ele se tornou vice-presidente do PT de Presidente Médici. Em um giro surpreendente, em 30 de novembro, após a saída do presidente, Guaiadó da Fumaça assumiu o controle do partido. A partir daí, a crise só aumentou.
Com a nova liderança, petistas históricos e de base, que sempre deram força ao partido nas urnas, abandonaram o PT. Guaiadó da Fumaça, sem apoio interno, decidiu lançar Mamão Mole como candidato à prefeitura. No entanto, essa candidatura não foi aprovada pela base petista, o que resultou em um partido sem força e sem representatividade.
O maior impacto foi sentido por Eliane, eleita pelo PT nas eleições de 2008, 2012 e 2016, e a terceira mais votada em 2020. Apesar de seu histórico, Eliane não conseguiu se eleger pelo PT em 2020, em grande parte devido ao desastroso desempenho de Guaiadó da Fumaça, que mesmo gastando R$ 80 mil em campanha, com carros e casa de comitê, obteve apenas 39 votos.
Em 2024, forçada a sair do PT, Eliane migrou para o PSD e, com isso, foi eleita mais uma vez, deixando o PT sem candidatos e sem votos na cidade. Guaiadó da Fumaça, após sua trágica gestão, se retirou para as árvores, onde foi visto fumando maconha, selando o fim de uma era para o PT de Presidente Médici.