Guimarães voltou a ser palco de um caso alarmante de violência doméstica que chocou a população e gerou grande repercussão nos últimos dias. A vereadora Beatriz Dias registrou um Boletim de Ocorrência contra seu próprio companheiro, o médico Dr. Eleilson Melo, denunciando uma série de agressões físicas, psicológicas e ameaças ocorridas na residência do casal.
Segundo o registro policial, a vereadora relatou que foi brutalmente agredida após retornar de um evento festivo. Ao chegar em casa, foi confrontada pelo marido, que demonstrou ciúmes e começou a insultá-la com palavras de baixo calão como “prostituta” e “vagabunda”. Ainda de acordo com a vítima, ao tentar impedir que o companheiro saísse com o carro do casal, teve as chaves arrancadas à força, sendo agarrada pelo pescoço. Na sequência, foi perseguida até o banheiro, onde teve a cabeça batida contra a pia. As agressões continuaram na sala, onde foi jogada no chão, novamente enforcada e teve as mãos mordidas ao tentar se defender.
A vereadora conseguiu se livrar das agressões ao pedir socorro a vizinhos. Ela relatou ainda que teve as mãos imprensadas na porta do banheiro e que sofreu diversas lesões nas mãos, cabeça e pé esquerdo. O agressor teria fugido do local levando o celular, o carro e um tablet da vítima. A parlamentar afirmou também que não foi a primeira vez que sofreu agressões do companheiro, e que vive sob constantes ameaças de morte.
Beatriz, que recentemente liderou uma campanha de combate à violência contra a mulher nas redes sociais, agora vive a dura realidade que tantas outras vítimas enfrentam. O episódio reacendeu o debate sobre a violência doméstica e o machismo estrutural, especialmente quando o acusado ocupa posição de respeito na sociedade, como é o caso de Dr. Eleilson Melo.
O médico já havia sido citado anteriormente em denúncias publicadas na imprensa envolvendo supostas condutas antiéticas no exercício da medicina na cidade de Cedral. Com esse novo episódio, crescem os questionamentos sobre o histórico de comportamento do profissional e a possibilidade de outros casos estarem relacionados ao seu nome.
A Polícia Civil está investigando o caso. A vereadora Beatriz pediu medidas de proteção e espera providências firmes por parte da Justiça diante da gravidade da situação. A população de Guimarães, estarrecida, aguarda por respostas das autoridades e por justiça em um caso que não pode ser silenciado.