A morte do guarda municipal concursado Sebastião Batista, ocorrida em 2024, mergulhou sua família em um drama que vai além da dor da perda. Desde então, a viúva e o filho de apenas um ano e meio enfrentam uma dura batalha para garantir um direito básico: a pensão por morte.
Segundo relato da viúva, ao buscar o benefício previdenciário junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), teve o pedido negado sob a justificativa de que o falecido não possuía contribuições registradas no sistema. A surpresa veio ao constatar que, embora os descontos da previdência fossem realizados mensalmente no contracheque de Sebastião pela Prefeitura de Bequimão, os valores nunca teriam sido repassados ao INSS.
Diante da situação, a viúva decidiu acionar a Justiça. Um juiz já determinou, em caráter provisório, que ela permaneça com a guarda do filho enquanto o processo segue em tramitação. No entanto, a falta da pensão tem causado sérias dificuldades financeiras. Atualmente, mãe e filho sobrevivem com o auxílio do Bolsa Família e a ajuda de parentes.
O caso levanta sérias suspeitas sobre a gestão previdenciária da Prefeitura de Bequimão, comandada há décadas por membros da família do atual prefeito José Martins. A denúncia reforça a insatisfação de parte da população com a estagnação administrativa e a falta de transparência no uso dos recursos públicos no município.
A viúva espera que a Justiça reconheça os direitos de sua família e responsabilize os culpados por eventuais irregularidades que privaram seu filho de um benefício garantido por lei. Enquanto isso, segue convivendo com a dor da perda e o peso da negligência do poder público.